Alergias x mudanças climáticas: asma e rinite são as mais susceptíveis

Gestão de alergias em meio às mudanças ambientais é tema de campanha da Semana Mundial da Alergia, que termina neste dia 24

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Em tempos de variações climáticas, é preciso saber como proteger o sistema imunológico. O tempo frio e o aumento da poluição lesionam diretamente a mucosa do nariz, ressecando-a. Isto aumenta o risco de invasão de vírus e bactérias, e pode desencadear crises de asma, rinite e até ataques cardiovasculares.

As alergias respiratórias, entre elas asma e rinite, são as mais susceptíveis às mudanças climáticas. Além destas, as alergias oculares costumam sofrer um impacto negativo no seu controle. Além do tempo frio, a baixa exposição ao sol interfere diretamente na produção de vitamina D, essencial para o bom funcionamento do sistema imunológico

“Se durante essa temporada, o indivíduo aumentar o consumo de álcool ou tabaco, também pode ter seu sistema imunológico prejudicado”, alerta o pneumologista da Doctoralia, Ciro Kirchenchtejn. Ainda segundo o especialista, é importante reforçar a atenção aos hábitos que afetam diretamente o bom funcionamento no nosso corpo.

“Ao invés de consumir produtos industrializados, as pessoas devem dar preferência aos alimentos in natura, fontes diretas de fibras e vitaminas que garantem a integridade das nossas defesas. Crianças, idosos e portadores de doenças crônicas merecem cuidados redobrados, pois são os mais vulneráveis neste período”, revela Kirchenchtejn.
Para ajudar na proteção, é importante estar com a saúde em dia. “Todos devem ser vacinados para os agentes mais comuns, como a gripe e o pneumococo, e manter acompanhamento médico, a fim de garantir a estabilidade e a melhora das doenças crônicas”, reforça o pneumologista.

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Semana Mundial da Alergia e a gestão das doenças alérgicas

Por isso a Semana Mundial da Alergia 2023, promovida de 18 a 24 de junho, alerta para criar conscientização sobre as alergias e suas relações com o meio ambiente. Este ano o foco da campanha está na gestão de doenças alérgicas em meio às mudanças ambientais.

Clóvis Galvão, médico alergista e imunologista pela USP,  comenta sobre o tema da campanha. Ele também é diretor da Clínica Crocecentro de vacinação e infusão de imunobiológicos com especialistas das áreas de Alergia, Imunologia Clínica (doenças autoimunes, autoinflamatórias e imunodeficiências) e Endocrinologia,

Quais estratégias são mais eficazes diante de mudanças ambientais significativas?

Ter uma boa aderência ao tratamento já prescrito pelo médico ajuda a manter a alergia sobre controle, o que minimiza os efeitos de mudanças ambientais. Neste contexto, é primordial uma boa aderência às medidas de controle ambiental também.

Quais medidas preventivas podem ser adotadas para minimizar os efeitos nas doenças alérgicas?

As medidas preventivas de controle ambiental são importantes, não apenas para diminuir a exposição ao alérgenos causadores, mas para minimizar também os impactos das mudanças ambientais – estas medidas devem ser individualizadas, mas algumas são de orientação geral como deixar o lugar mais arejado, evitar ambientes hermeticamente fechados e promover a umidificação e/ou hidratação das vias aéreas e conjuntiva ocular.

Quais são os desafios clínicos enfrentados no diagnóstico e tratamento de doenças alérgicas?

A baixa umidade do ar e a grande amplitude térmica estão entre os maiores desafios. Além disso, dependendo do local geográfico, as mudanças ambientais promovem menor dispersão de poluentes, o que acaba agredindo as vias aéreas, provocando sintomas e agravando as crises alérgicas.

Quais são as principais recomendações para médicos no acompanhamento e tratamento de pacientes?

As principais recomendações no acompanhamento são assegurar a adesão do paciente ao controle ambiental e tratamento farmacológico, manter hidratação das vias aéreas e conjuntiva ocular, orientar seguimento com especialista e uso de vacinas para prevenir doenças respiratórias e/ou infecciosas graves.

Com Assessorias

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